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1° Ceagre Agro Experience mobiliza pesquisadores e profissionais ligados ao agronegócio

Atualizado: 22 de ago. de 2022

Organizado pelo Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (CEAGRE), o evento trouxe palestras, minicursos e ações de inovação para integrar a comunidade acadêmica e a população de Rio Verde nas temáticas mais importantes do agro.

Com o tema Inovações e Oportunidades, o Ceagre Agro Experience teve como objetivos dar publicidade a projetos e ações desenvolvidos pelos seus pesquisadores e estabelecer a conexão entre eles e profissionais responsáveis por fortalecer o agronegócio na região sudoeste e no estado de Goiás. Temáticas voltadas para Inteligência Artificial no Agro, Automação e Mecanização, Recursos Hídricos, Agricultura Digital, dentre outras, relevantes para o agronegócio, foram abordadas em suas palestras e minicursos.


De acordo com o diretor-geral do Ceagre e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano, professor Alan Carlos Costa, um evento dessa natureza gera inovação, tecnologia e conhecimento, contribuindo para o avanço da agricultura no estado de Goiás. Para o reitor do IF Goiano, professor Elias de Pádua Monteiro, que esteve na abertura das atividades, as instituições de ensino e pesquisa necessitam de parceria e investimentos para impulsionar a ciência e a inovação. “Cabe a nós, instituição, ter um olhar diferente para a inovação dentro da nossa instituição. Precisamos pensar um mecanismo de pautar a inovação, e isso se faz com pesquisa, com ensino de qualidade, com extensão próxima de quem precisa - isso se faz com Educação”.


O Ceagre é fruto de parceria entre o IF Goiano, a Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás e a Prefeitura de Rio Verde, e tem o compromisso de desenvolver tecnologias e aplicá-las no campo, otimizando a gestão de safras e agropecuária do pequeno, médio e grande produtor e para toda a cadeia do agronegócio goiano. “O Ceagre é um projeto, ele não é uma unidade administrativa, o que ele oferece para a comunidade depende muito dos campi, especialmente do Campus Rio Verde, pois ele acessa os laboratórios, a equipe administrativa, as diretorias de Pesquisa, de Extensão, de Administração, de Ensino. Por ser um projeto, o Ceagre tem sua atuação ampliada em todo o IF Goiano; acessar os laboratórios, os pesquisadores, os estudantes dos diferentes níveis, isso é fundamental para o sucesso do projeto”, pontuou professor Alan.


Palestras e minicursos

Diversos minicursos e palestras, com assuntos voltados à inovação tecnológica na agricultura, compuseram a programação do Ceagre Agro Experience, dentre eles, a palestra com o tema "Imagens e Sensores na Agricultura", proferida pelo professor da Universidade Estadual de Maringá, (UEM) Marcos Rafael Nani.

Durante sua exposição, Marcos compartilhou pesquisas realizadas por laboratórios da UEM na área de uso de drones na agricultura de precisão e as possibilidades de avanço do uso desta tecnologia para aumentar a produtividade. O pesquisador explicou que é possível afirmar que a produtividade brasileira aumentou vertiginosamente, a partir de 2003, em função do investimento em pesquisa na área. "Notamos, em nossas pesquisas, que a agricultura de precisão, apesar de aumentar produtividade, iniciou nos Estados Unidos como uma forma de diminuir o impacto ambiental. Para ele, a diminuição deste impacto também é vital para a sustentabilidade econômica da agricultura no Brasil. "Se não passarmos a produzir com este cuidado, poderemos excluir mercados mais exigentes, como o europeu", explicou.


"Gestão de recursos hídricos e produção sustentável de alimentos" foi tema da palestra ministrada pelo pesquisador da Embrapa Cerrados, Lineu Rodrigues. O palestrante apresentou mapas comparativos do território brasileiro, com áreas urbanas, agrícolas, massas d’água e polos de irrigação. Segundo ele, no Brasil há muito espaço para produzir, e produzir bem. “O Brasil é um grande território agrícola. E isso a gente faz bem. Muitas vezes temos vergonha em falar isso. No Brasil a gente faz bem a agricultura, nós produzimos alimentos com sustentabilidade”, afirmou Lineu, categórico. E emendou: “Somos bons para produzir, mas é preciso haver uma política de estado para gestão de recursos hídricos. Temos que usar bem e de forma estratégica esse recurso”.

De acordo com dados bastante aceitos na comunidade científica, a expectativa é de que até 2050 terá de ser produzido, no mínimo, mais 60% de alimentos em relação ao ano de 2010, a fim de sustentar a população mundial. Para o pesquisador, o Brasil é um dos (poucos) países do mundo que pode fazer isso com sustentabilidade. E, para isso, será fundamental haver uma política de estado – e não de governo – para gestão de recursos hídricos.


Rodas de conversa: Daniel Trento, coordenador-geral de Inovação Aberta do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o engenheiro agrônomo Gustavo Scarpari, participaram de uma roda de conversa mediada pelo diretor científico do Ceagre, professor Leandro Souza. O bate-papo girou em torno da criação e partida das startups, o acesso à tecnologia por parte dos produtores e inovação, de uma forma geral.

Scarpari, que é empreendedor, deu dicas para quem tem interesse em começar uma startup na atualidade. Segundo ele, é preciso sair da inércia e pôr a ideia em prática. “Não espere estar pronto, comece. Se você tem uma ideia, aí fica com vergonha, medo de que alguém vá roubar a sua ideia – a ideia não vale nada. Você tem que começar, chama um parceiro. Se às vezes você não consegue sozinho, às vezes falta dinheiro, chame o seu amigo do lado, alguém de confiança, e comece. Não espere estar pronto", afirmou.


Daniel Trento, do Mapa, respondeu a um questionamento sobre como fazer o produtor ter mais acesso às tecnologias. “O que eu tenho visto ao longo do tempo, tanto na Embrapa, quanto no Ministério, é que em termos de adoção de tecnologia os produtores mais bem sucedidos são aqueles que estão próximos ao instituto de pesquisa. Na verdade, é buscar e conversar, é demonstrar o seu interesse, sua curiosidade ou seu problema. Do lado de cá o pesquisador também quer estar próximo do produtor para poder levantar uma demanda real e não ficar só lá desenvolvendo um trabalho de pesquisa que depois de pronto ele vai buscar um alvo", finalizou.


Autoria: Tiago Gebrim, jornalista do IF Goiano Campus Ceres.

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