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CEAGRE e CEBIO participam do “Large Farm Week 2025”, simpósio internacional de algodão organizado pela Better Cotton

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    CEAGRE
  • há 18 horas
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Realizado de 07 a 11 de julho, o evento itinerante passa por Goiás, Mato Grosso e Brasília, com uma programação de palestras e visitas técnicas em fazendas de cotonicultura. 


Participantes do “Large Farm Week 2025” reunidos na Fazenda Onça, na cidade de Luziânia (GO), para o segundo dia de atividades do evento.

Legenda: Participantes do “Large Farm Week 2025” reunidos na Fazenda Onça, na cidade de Luziânia (GO), para o segundo dia de atividades do evento. Foto: Grupo GMS.


Na terça-feira, 08 de julho, pesquisadores e gestores do IF Goiano, do Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (CEAGRE) e do Centro de Excelência em Bioinsumos (CEBIO), participaram do segundo dia de atividades da “Large Farm Week 2025”, na Fazenda Onça do Grupo GMS, localizada na cidade de Luziânia (GO). O evento itinerante e internacional é organizado pela Better Cotton. uma entidade sem fins lucrativos fundada em 2005 por diferentes organizações com o intuito de promover a sustentabilidade na produção do algodão a nível global. 


Em 2025, o Large Farm Week foi realizado pela primeira vez no Brasil, com o apoio da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e da Agopa (Associação Goiana dos Produtores de Algodão). O evento tem o intuito de integrar diferentes setores desta cadeia produtiva a nível internacional, reunindo empresários, produtores rurais, gestores e associações de outros estados. Nesta edição, participaram 10 países, com representantes da Austrália, Grécia, Israel, Paquistão, Turquia, Estados Unidos e Uzbequistão. 


A programação itinerante deste ano incluiu atividades em Brasília, Goiás e Mato Grosso, com palestras e visitas técnicas em fazendas com grandes índices de produção de algodão. Em seu segundo dia, o evento levou o seu cronograma para Luziânia (GO), uma das principais cidades do estado na cotonicultura, ao lado de Chapadão do Céu, Cristalina e Montividiu. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a Fazenda Onça, que é coordenada pelo Grupo GMS, referência no estado de Goiás por atuar em diferentes setores da cadeia produtiva do algodão.


Lavoura de algodão da Fazenda Onça, na cidade de Luziânia (GO).

Legenda: Lavoura de algodão da Fazenda Onça, na cidade de Luziânia (GO). Foto: Fernando Cabral, pesquisador do CEAGRE.


O prof. Alan Carlos Costa, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Instituto Federal Goiano e diretor do CEAGRE, destacou a importância dos Centros de Excelência da instituição estarem presentes na Large Farm Week 2025. “Entre todos os participantes, éramos os únicos representantes de instituições de ensino e pesquisa”, disse o gestor em entrevista. Ele explica que esse ecossistema de unidades do IF Goiano busca apoiar os produtores rurais e as empresas do agro com ciência e educação, promovendo o crescimento de diferentes setores produtivos, como o do algodão.


Durante o cronograma do evento,  o diretor científico do CEAGRE, prof. Leandro Rodrigues, fez uma apresentação completa para o público sobre as linhas de pesquisa do centro e o seu portfólio de ações para o agro. Em sua fala, o gestor apresentou os objetivos e as expectativas do projeto “Goiás Verde: Inovações em Carbono na Agricultura”, desenvolvido em parceria pelo CEAGRE e o IF Goiano. A iniciativa do governo estadual conta com um investimento de R$ 3,6 milhões, com participação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).


Um dos subprojetos do Goiás Verde busca a estruturação de um mercado de créditos de carbono no estado, com o intuito de estimular a adoção de práticas ecológicas nas lavouras e a comercialização desta certificação entre produtores, empresas do agro e organizações. O projeto faz parte da estratégia da Secti para atender à política nacional de redução de emissão de gases do efeito estufa, e terá duração até 2026. Por meio de torres de fluxo que serão instaladas em Rio Verde e Cristalina, os pesquisadores vinculados ao Goiás Verde vão realizar a coleta de dados em campo e desenvolver modelos preditivos com base nestas informações para avaliar emissões e o sequestro de carbono nestas regiões. 


O prof. Leandro Rodrigues apresentando aos participantes do evento os projetos do CEAGRE e do IF Goiano para desenvolvimento sustentável do agro.

Legenda: O prof. Leandro Rodrigues apresentando aos participantes do evento os projetos do CEAGRE e do IF Goiano para desenvolvimento sustentável do agro. Foto: Grupo GMS.


O prof. Alexandre Igor, diretor geral do Centro de Excelência em Bioinsumos, falou durante o Large Farm Week 2025 sobre a atuação do CEBIO no desenvolvimento de produtos biológicos para o combate de doenças e pragas. Na apresentação, ele destacou as 13 unidades vinculadas ao centro e as suas biofábricas, que trabalham em conjunto na produção de fungos, bactérias e parasitas. Para a cultura do algodão, o CEBIO tem pesquisado sobre as possibilidades do uso de fungos no combate à mosca-branca, visando a redução de produtos químicos nas lavouras e o controle sustentável. 


O fungo entomopatogênico Cordyceps javanica pode ser usado para formular um defensivo biológico efetivo contra a mosca-branca, atacando as ninfas (forma jovem) e os adultos. Em relação ao combate do bicudo-do-algodoeiro, destacam-se os estudos do centro sobre a utilização da “vespinha” Catolaccus grandis. Para enfrentar a praga, a vespa fêmea deposita seus ovos nas larvas do bicudo, que estão dentro do botão floral do algodão. Os parasitoides se desenvolvem dentro das larvas do inseto, interrompendo o ciclo de vida antes da proliferação na lavoura.


O grupo GMS, que sediou o segundo dia da  Large Farm Week 2025, é dirigido pelo experiente produtor rural, Carlos Alberto Moresco, que atuou do período de 2017-2022 como presidente da Agopa e do Instituto Goiano de Agricultura (IGA). Em sua gestão, a Associação Goiana de Produtores de Algodão fez grandes investimentos em pesquisa e tecnologia, atendendo as demandas e os desafios do setor produtivo. Durante os seus anos de gestão, Carlos ajudou a colocar a cotonicultura goiana no ranking nacional de produção, com iniciativas como o IGA. 


O produtor Carlos Alberto Moresco, em uma das propriedades do Grupo GMS, em Luziânia (GO).

Legenda: O produtor Carlos Alberto Moresco, em uma das propriedades do Grupo GMS, em Luziânia (GO).Foto: Rudney Matoso, da  Editora Globo.


Durante o encontro promovido na Fazenda Onça, Carlos compartilhou um pouco da sua história e experiência na cotonicultura goiana, que começou em 2007. O produtor conta que arrendou terras nos municípios de Luziânia e Cristalina, cultivando soja, trigo, sorgo e milho. Apesar da grande força dessas culturas, a sua oportunidade de crescimento foi o algodão, mercado que o Grupo GMS se destaca nacionalmente.


O conglomerado reúne as empresas GM Algodoeira e GM Cereais, com três fazendas em seu portfólio: A Fazenda Onça e a Fazenda Ema em Luziânia, e a Fazenda Samambaia no município de Cristalina (GO). Em sua fala no evento, Carlos apresentou os dados de produção e produtividade desta infraestrutura, que contribui para o crescimento econômico de diferentes cadeias produtivas do agronegócio e da região, com destaque para o algodão. O diretor também abordou os investimentos recentes do grupo GMS em tecnologias digitais e de monitoramento do campo em tempo real. As suas unidades utilizam plataformas que reúnem dados das lavouras e dos maquinários em campo, com painéis inteligentes e de fácil interação desenvolvidos pela Siagri, empresa da Aliare.



Texto: Ícaro Lunas Nunes, jornalista do CEAGRE. 


Fontes:






































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